sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Somos todos felizes, se deixarmos!


'Eu não tenho o direito de achar que meu coração tem duzentos e cinqüenta e cinco cicatrizes porque o amor é uma faca afiada que corta . Vamos jogar aberto . A culpa é minha . Eu dei meu coração . Eu inventei um amor . Eu criei expectativas . Então, com sua licença . A culpa é minha . Minha culpa . Minha feia culpa que é minha e de mais ninguém . Minha culpa de sete pontas . Minha culpa que me faz olhar a vida e me sentir personagem principal de uma página triste . E não é só triste . É uma culpa boa . Porque também me faz exercitar um sentimento maior - e mais brilhante que o mundo : o perdão . Se eu pudesse escolher um verbo hoje, eu escolheria perdoar . Assim, conjugado na primeira pessoa, com objeto direto e ponto final : eu me perdôo . Não, eu não te perdôo porque não tenho porque te perdoar . Você não fez nada . Tenho que perdoar a mim . A mim, que me ferrei . Me iludi . Me fodi . Me refiz . Me encantei . A culpa é minha . Minhas e das minhas expectativas . Minha e do meu coração lerdo . Minha e da minha imaginação pra lá de maluca . Então, com sua licença, deixe eu e minha culpa em paz . Eu e meu delicioso perdão por mim mesma . Eu só te peço uma coisa . Pare de culpar a vida . Pare de ter pena de você . Se assuma . Se aceite . Se culpe . Se estrepe . Se mate . Mas se perdoe . Pelo amor de Deus, se perdoe .
Somos todos culpados, se quisermos . Somos todos felizes, se deixarmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário